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A fé escavada nas rochas sagradas da Etiópia
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Traduzido do inglês-Abuna Yemata Guh é uma igreja monolítica localizada no Hawzen woreda da região de Tigray, na Etiópia. Está situado a uma altura de 2.580 metros e deve ser escalado a pé para chegar. É notável por suas pinturas em cúpula e paredes que datam do século V e sua arquitetura. Wikipédia
Tendo a seus pés a paisagem árida do maciço de Gheralta, um monge dirige-se, através de uma estreita passagem, à entrada da igreja de Abuna Yemata Guh, escavada na rocha.
Segundo a tradição, Deus concedeu aos primeiros cristãos da Etiópia, refugiados nos planaltos elevados do Norte, a graça de revelar-lhes a Sua morada. E estes meteram mãos à obra, escavando no arenito vermelho dos desfiladeiros do maciço de Gheralta mais de 160 igrejas rupestres, esculpidas com paciência e magnificamente decoradas, nos lugares mais profundos das montanhas da fé.
Diz-se também que Deus apareceu um dia aos reis irmãos Abreha e Atsbeha, ordenando-lhes que acorressem às montanhas escarpadas da região do Tigré e desvendassem, perante os olhares dos fiéis devotos, uma igreja que ali se encontrava enterrada desde o princípio dos tempos.
Abreha e Atsbeha partiram do seu palácio, aventurando-se até às montanhas, e escalaram as cristas montanhosas de Korkor, mas os cumes cinzelados por mão divina revelaram-se inacessíveis.
Rogaram a Deus que os auxiliasse, e Ele, com um simples gesto, partiu a montanha de alto a baixo, logo exigindo a Satanás que preenchesse a fenda com aquela rocha fundida que ferve nas entranhas do Inferno, dela fazendo uma escadaria. Ao solidificar, a lava negra conduziu os dois irmãos ao topo sagrado onde se ocultava a morada de Deus. Pedra a pedra, os monarcas escavaram ali uma das mais belas igrejas rupestres da Etiópia.
Degrau a degrau, transpomos este caótico acesso natural que a rocha ígnea abriu no arenito vermelho. Como é possível que, já no século VI, aqueles monges soubessem que uma rocha surgida das profundezas, aproveitando os pontos fracos do terreno, cobrira a rota de acesso à montanha de Korkor?
Segundo a tradição, foi um sacerdote chamado Yemata que, aproximadamente no século V, escavou a igreja com o seu nome. Numa das paredes, surge a figura do religioso a cavalo, junto de outros santos e apóstolos.
Celebrações da Páscoa em Maryam Korkor. Devido às suas dimensões (16 metros de comprimento por 10 de largura e 6 de altura), trata-se de uma das maiores igrejas rupestres e com uma estrutura arquitectónica mais complexa.
O guarda de Debre Tsion (também chamada Abuna Abraham) abre um dos tesouros guardados nesta igreja, um leque cerimonial do século XV. Com um metro de diâmetro, é composto por 34 painéis individuais, cada qual com a figura de um santo.
Para os sacerdotes que, enquanto cultivam um pequeno terreno e cuidam da família, perpetuam o cristianismo ortodoxo, retocam a pintura dos frescos litúrgicos e acolhem as multidões de fiéis nos domingos e dias feriados é óbvia a resposta à pergunta sobre a origem derradeira das igrejas: é o próprio Deus que envia uma mensagem e lhes ordena que revelem a Sua morada oculta nas rochas do Tigré.
![Igreja de Abuna Yemata Guh, Tigray, Etiopia | Último troço à… | Flickr](https://live.staticflickr.com/431/19154353252_530bae6268_b.jpg)
![Pin de Tharsis Madeira em Etiópia em 2020 | Igreja ortodoxa ...](https://i.pinimg.com/originals/6c/59/c2/6c59c28cd63922a6d366eebd151668c3.jpg)
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![Abuna Yemata Guh | O dogma da fé](https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcQZkxWmRffrpy01J-gK7UBM2eGSEKF4ZL8qHeB54bApo02AHqhN)
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Abuna Yemata Guh está no topo de uma falésia desde o século V dC. Visitar esse lugar exige uma subida de seis metros por uma parede de rocha sem cordas e atravessar bordas estreitas com quedas de 200m.
POR:
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A fé escavada nas rochas sagradas da Etiópia
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Traduzido do inglês-Abuna Yemata Guh é uma igreja monolítica localizada no Hawzen woreda da região de Tigray, na Etiópia. Está situado a uma altura de 2.580 metros e deve ser escalado a pé para chegar. É notável por suas pinturas em cúpula e paredes que datam do século V e sua arquitetura. Wikipédia
Tendo a seus pés a paisagem árida do maciço de Gheralta, um monge dirige-se, através de uma estreita passagem, à entrada da igreja de Abuna Yemata Guh, escavada na rocha.
Segundo a tradição, Deus concedeu aos primeiros cristãos da Etiópia, refugiados nos planaltos elevados do Norte, a graça de revelar-lhes a Sua morada. E estes meteram mãos à obra, escavando no arenito vermelho dos desfiladeiros do maciço de Gheralta mais de 160 igrejas rupestres, esculpidas com paciência e magnificamente decoradas, nos lugares mais profundos das montanhas da fé.
Diz-se também que Deus apareceu um dia aos reis irmãos Abreha e Atsbeha, ordenando-lhes que acorressem às montanhas escarpadas da região do Tigré e desvendassem, perante os olhares dos fiéis devotos, uma igreja que ali se encontrava enterrada desde o princípio dos tempos.
Abreha e Atsbeha partiram do seu palácio, aventurando-se até às montanhas, e escalaram as cristas montanhosas de Korkor, mas os cumes cinzelados por mão divina revelaram-se inacessíveis.
Rogaram a Deus que os auxiliasse, e Ele, com um simples gesto, partiu a montanha de alto a baixo, logo exigindo a Satanás que preenchesse a fenda com aquela rocha fundida que ferve nas entranhas do Inferno, dela fazendo uma escadaria. Ao solidificar, a lava negra conduziu os dois irmãos ao topo sagrado onde se ocultava a morada de Deus. Pedra a pedra, os monarcas escavaram ali uma das mais belas igrejas rupestres da Etiópia.
Degrau a degrau, transpomos este caótico acesso natural que a rocha ígnea abriu no arenito vermelho. Como é possível que, já no século VI, aqueles monges soubessem que uma rocha surgida das profundezas, aproveitando os pontos fracos do terreno, cobrira a rota de acesso à montanha de Korkor?
Segundo a tradição, foi um sacerdote chamado Yemata que, aproximadamente no século V, escavou a igreja com o seu nome. Numa das paredes, surge a figura do religioso a cavalo, junto de outros santos e apóstolos.
Celebrações da Páscoa em Maryam Korkor. Devido às suas dimensões (16 metros de comprimento por 10 de largura e 6 de altura), trata-se de uma das maiores igrejas rupestres e com uma estrutura arquitectónica mais complexa.
O guarda de Debre Tsion (também chamada Abuna Abraham) abre um dos tesouros guardados nesta igreja, um leque cerimonial do século XV. Com um metro de diâmetro, é composto por 34 painéis individuais, cada qual com a figura de um santo.
Para os sacerdotes que, enquanto cultivam um pequeno terreno e cuidam da família, perpetuam o cristianismo ortodoxo, retocam a pintura dos frescos litúrgicos e acolhem as multidões de fiéis nos domingos e dias feriados é óbvia a resposta à pergunta sobre a origem derradeira das igrejas: é o próprio Deus que envia uma mensagem e lhes ordena que revelem a Sua morada oculta nas rochas do Tigré.
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Abuna Yemata Guh está no topo de uma falésia desde o século V dC. Visitar esse lugar exige uma subida de seis metros por uma parede de rocha sem cordas e atravessar bordas estreitas com quedas de 200m.
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