segunda-feira, 13 de abril de 2020

Saiba como é um safári na África do Sul


Safári na Sabi Sand Game Reserve (foto: Divulgação)


Boa noite. É meu irmão, não é fácil ser animal bicho na África do Sul, vez ou outra se da de cara com o bicho homem te olhando. Veja esta bela postagem abaixo.
África do Sul parecia existir apenas naqueles documentários de vida selvagem que a gente via pela televisão.
Logo veio a Copa de 2010. O país caiu na graça do mundo e entrou para a lista dos destinos acessíveis para viajantes com orçamento moderado.
A lista de clichês inevitáveis em uma primeira viagem ao país é bem grande, mas uma das experiências mais impressionantes (e obrigatórias) na África do Sul é encarar um safári. E melhor ainda se for para ver os Big Five em um mesmo dia (experiência rara, mas possível).
O termo tem origem no século 19, quando caçadores profissionais buscavam o título ao tentar matar a pé, no menor tempo possível, os cinco animais mais perigosos da savana africana: leão, elefante, búfalo, rinoceronte e leopardo.
Considerado um rito de passagem, a matança (por fim, proibida) foi praticada por presidentes americanos, membros da realeza europeia e chefes de estado africanos. Mas, para sorte dos animais (e para as gerações futuras de viajantes), os safáris de hoje se resumem apenas a uma busca de animais com fins fotográficos e turísticos.
Desde o início, os profissionais avisam que não é possível garantir a observação da fauna, mas os hóspedes logo começam a apontar binóculos e disparar cliques, quando os primeiros animais se deixam ser vistos.
E eles sempre aparecem.

Leopardo durante safári diurno na Sabi Sand Game Reserve, na África do Sul (foto: Eduardo Vessoni)

Em 2010, não só fiz minha estreia no continente africano como também tive a sorte de encontrar, em um mesmo dia, os cinco animais mais temidos, durante um safári na Sabi Sand Reserve, nas províncias de Limpopo e Mpumalanga.
No meu caso, fiz o safári na Sabi Sand Reserve, uma área de 65 mil hectares, no setor sudoeste do Parque Nacional Kruger, a maior área protegida de toda a África do Sul.
Desde que todas as cercas foram derrubadas entre o Kruger e a Sabi Sand, no início dos anos 90, a região é uma reserva de 2 milhões de hectares que permite a livre circulação de animais, no leste do país e a 200 km de Maputo, a capital de Moçambique.


Como funcionaOs safáris acontecem duas vezes por dia: pela manhã, às 5h30, e no final da tarde, a partir das 17h. Estes são os melhores horários para encontrar animais selvagens. Por isso desconfie de atrações que garantem observação de bichos durante todo o dia, pois a chance de se frustar com grandes zoológicos a céu aberto é bem grande.
Esteja preparado também para longos deslocamentos sentado em carros que sacolejam savana adentro e considere a possibilidade de não encontrar todos os Big Five.
Os profissionais logo avisam que não podem garantir a observação de nenhum animal, mas fazem de tudo para que o grupo volte para o hotel com as melhores histórias de caçadores.
O safári da manhã pode não empolgar, mas é nesse horário que os animais estão mais dispostos a aparecer. Os lodges da região costumam oferecer o café da manhã nessas saídas matutinas, em plena savana.

Felinos como o leopardo são um dos Big Five da África do Sul

A atividade é sempre acompanhada de um ranger, o piloto que vai acompanhado de uma espingarda (vai que, né?) e o tracker , guia que dá as instruções de comportamento durante a atividade e oferece boas informações sobre os bichos encontrados.

tracker, especialista em pegadas e sons, conhece tão bem aquele território quanto o leopardo que cruzou o caminho algumas horas antes. No volante, o field guide, como também é conhecido o ranger, segue atento às orientações do colega e joga o carro para onde for preciso, só para garantir a melhor posição para o disparo (fotográfico, que fique bem claro).
Felinos como os leões são um dos Big Five da África do Sul (foto: Eduardo Vessoni)

A comunicação entre os rangers de outros carros costuma garantir a circulação de informações precisas sobre algum animal escondido, recém descoberto pelos profissionais.
A melhor época para a observação de animais é entre junho e agosto, devido à abundância de bichos próximos às reservas naturais de água. Mas mesmo durante o verão, corre-se o agradável risco de ficar cara a cara com os mais cobiçados da região.
Você pode até querer levar aquele conjuntinho de cor caqui, acompanhado de chapéu. Mas as peças que mais combinam com a experiência são binóculos e câmeras.


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