© Martin BERNETTI Profissionais de saúde do Hospital San Jose protestam exigindo ao governo uma melhoria do sistema de saúde, em Santiago, em 18 de junho de 2020. |
Autoridades de saúde do Chile fizeram um apelo à população nesta quinta-feira (18) para que respeite a quarentena. A medida foi imposta em Santiago há um mês, com grande parte da economia em atividade, e em alguns municípios vigora desde a segunda quinzena de março.
O relatório diário oficial informou 4.475 novos casos e 226 óbitos nas últimas 24 horas, num total de 225.103 infectados e 3.841 mortes desde o primeiro caso relatado no país, em 3 de março.
"Diminuir a mobilidade é essencial para reduzir a propagação do vírus e, obviamente, impedir seu avanço", disse o ministro da Saúde, Enrique Paris, ao entregar o relatório.
No último mês, não foi possível diminuir a mobilidade para além de 30% na capital chilena, onde vivem sete dos 18 milhões de habitantes do país.
Para diminuir a taxa de infecção, a mobilidade deve ser reduzida em ao menos 50%, segundo especialistas.
Normas flexíveis sobre a emissão de licenças de saída, autorização de operação para muitas empresas, o uso indevido de licenças e o atraso na entrega de auxílios estatais à população mais pobre contribuíram para a falta de adesão ao confinamento.
O último decreto, em 15 de maio, autorizou a atividade de 174.000 empresas, de um total de 427.000, o que gerou a circulação de quase 2,3 milhões de trabalhadores.
Os estabelecimentos em operação incluem laboratórios, farmácias, veterinários, bancos, empresas de correio e entrega, supermercados, padarias, fornecedores e lojas de ferragens, entre outros. Em Santiago, é possível encontrar três farmácias ou perfumarias em menos de 500 metros e durante a crise elas permaneceram abertas.
O governo de direita de Sebastián Piñera anunciou esta semana novas medidas restritivas, como a redução de permissões de saída de cinco para duas por semana e o estabelecimento de uma autorização única de trabalho para funcionários públicos, serviços de alimentação e comércio essencial.
Segundo um relatório das Forças Armadas, encarregadas de fiscalizar a quarentena, dos 2,5 milhões de controles de rua realizados na semana passada, apenas 0,5% das pessoas não tinham permissão para trabalhar.
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