quinta-feira, 18 de junho de 2020

Governo pede respeito à quarentena no Chile que supera 225.000 casos de COVID-19

Profissionais de saúde do Hospital San Jose protestam exigindo ao governo uma melhoria do sistema de saúde, em Santiago, em 18 de junho de 2020.
© Martin BERNETTI Profissionais de saúde do Hospital San Jose protestam exigindo ao governo uma melhoria do sistema de saúde, em Santiago, em 18 de junho de 2020.
Autoridades de saúde do Chile fizeram um apelo à população nesta quinta-feira (18) para que respeite a quarentena. A medida foi imposta em Santiago há um mês, com grande parte da economia em atividade, e em alguns municípios vigora desde a segunda quinzena de março.
O relatório diário oficial informou 4.475 novos casos e 226 óbitos nas últimas 24 horas, num total de 225.103 infectados e 3.841 mortes desde o primeiro caso relatado no país, em 3 de março. 
"Diminuir a mobilidade é essencial para reduzir a propagação do vírus e, obviamente, impedir seu avanço", disse o ministro da Saúde, Enrique Paris, ao entregar o relatório. 
No último mês, não foi possível diminuir a mobilidade para além de 30% na capital chilena, onde vivem sete dos 18 milhões de habitantes do país.
Para diminuir a taxa de infecção, a mobilidade deve ser reduzida em ao menos 50%, segundo especialistas. 
Normas flexíveis sobre a emissão de licenças de saída, autorização de operação para muitas empresas, o uso indevido de licenças e o atraso na entrega de auxílios estatais à população mais pobre contribuíram para a falta de adesão ao confinamento.
O último decreto, em 15 de maio, autorizou a atividade de 174.000 empresas, de um total de 427.000, o que gerou a circulação de quase 2,3 milhões de trabalhadores.
Os estabelecimentos em operação incluem laboratórios, farmácias, veterinários, bancos, empresas de correio e entrega, supermercados, padarias, fornecedores e lojas de ferragens, entre outros. Em Santiago, é possível encontrar três farmácias ou perfumarias em menos de 500 metros e durante a crise elas permaneceram abertas. 
O governo de direita de Sebastián Piñera anunciou esta semana novas medidas restritivas, como a redução de permissões de saída de cinco para duas por semana e o estabelecimento de uma autorização única de trabalho para funcionários públicos, serviços de alimentação e comércio essencial. 
Segundo um relatório das Forças Armadas, encarregadas de fiscalizar a quarentena, dos 2,5 milhões de controles de rua realizados na semana passada, apenas 0,5% das pessoas não tinham permissão para trabalhar.
pa/pb/gfe/jc

Por:
AFP

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