terça-feira, 2 de junho de 2020

Material ferroviário roubado na Linha de Sena encontrado numa fundição chinesa

Material ferroviário roubado na Linha de Sena encontrado numa fundição chinesa
O País. Por Francisco Raiva

Nos últimos dois anos tem sido registado com frequência roubos de material ferroviário, nas linhas de Sena, que liga Beira e Moatize e Linha de Machipanda, que liga o Porto da Beira ao vizinho Zimbabwe. Acredita-se que os materiais roubados estejam a ser vendidos as empresas de fundição que foram surgindo no período em referência, entre as cidades da Beira e Dondo.

Aliás, já foram apreendidas viaturas e detidos indivíduos na posse de materiais retirados nas linhas férreas em referência a venderem os produtos roubados as empresas de fundição.
Nas mesmas empresas também já foram encontrados carvão mineral de Moatize cujo supostos proprietários tiveram dificuldade de apontar a origem. Os indiciados são sempre soltos por falta de prova.

Esta terça-feira, mais uma denúncia popular levou a polícia até uma empresa chinesa de fundição, localizada no bairro de Cerâmica, na cidade da Beira.

A polícia teve imensas dificuldades para ter acesso ao interior da mesma, facto que só veio a acontecer meia hora depois de inúmeras insistências. No interior da empresa foram encontrados diversos materiais ferroviários, entre eles Carris de 40 a 45 quilogramas, Pandrões, que são materiais de fixação de carris e chumbadores.

Boaventura Mahave, director Ferroviário dos Caminhos-de-ferro de Moçambique-Centro, referiu que o material ferroviário encontrado na empresa chinesa, faz parte dos materiais das Linhas de Sena e de Machipanda.

“Estamos a acumular enormes prejuízos nos últimos dois anos. Registamos roubos todos os dias. O que nos preocupa é que já foram apanhados alguns autores dos roubos e eram as mesmas pessoas e mesmas viaturas. São roubos que um dia irão culminar em tragedia pois são linhas onde circulam comboios de passageiros e mercadorias. Uma desatenção nossa registaremos uma catástrofe”, explicou Mahave.

O advogado da empresa indiciada de ser conivente no roubo do material das linhas férreas em Sofala, alegou que ainda é cedo para se concluir que os varões foram produzidos na base de material roubado e admitiu a possibilidade da empresa ter sido enganada, ou seja, que a empresa tenha comprado material roubado.
A polícia garantiu que vai investigar este caso, tendo em conta que a empresa tem adquirido a matéria-prima para o fabrico de varões no período noturno.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Favor comentar sem palavras ofensivas.

Publicidade CB2

Publicidade CB1

Site economiza play

Postagens mais visitadas

Publicidade LE60

Publicidade MR1

Publicidade MR2

Publicidade MR3

Publicidade MR4

Publicidade MR7

Publicidade MR8

Publicidade MR11

Publicidade MR13

ARQUIVO DE POSTAGENS DO SITE