Por Hélder Augusto
A Organização Mundial de Saúde suspeita que existam em África casos do COVID-19 ainda não detectados ou reportados. A OMS garante que vai continuar o rastreio, teste, tratamento e localização dos supostos infectados.
Diferente da realidade dos outros países em que casos do COVID-19 têm-se multiplicado de uma forma acelerada, os países africanos continuam a registar poucos casos do novo coronavírus.
Até esta quarta-feira, a África Subsaariana tinha registado apenas 233 casos confirmados do COVID-19, continuando assim a ser a região do mundo com menos infectados. Os dados causam espanto ao director-executivo da OMS, Tedros Adhanon.
“Nós não podemos considerar este número como o total de casos que temos em África. Provavelmente, tenhamos casos não detectados ou reportados. Ademais, ainda que tomemos os 233 casos como verdadeiros, devemos preparar-nos para o pior. Em outros países, vimos que o vírus multiplica-se rapidamente depois de ser detectado num certo ponto. Seria melhor que os casos na Africa Subsaariana fossem completos, assim cortávamos o mal pela raiz”.
Disse, na quarta-feira, o director-executivo da OMS, reiterando o apelo para contínuo rastreio, teste, tratamento e vigilância. Adhanom acrescentou que concentrações públicas devem continuar a ser evitados no mundo.
Mais de 30 países africanos já tem registo de mais de 400 casos confirmados do COVID-19, sendo que Djibuti e Zâmbia registaram esta quarta-feira os primeiros infectados. Pelo menos, quatro pessoas já morreram no continente africano. A vizinha África do Sul é o país mais contaminado da África subsaariana com pelo menos 116 infectados.